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Originalmente, pneus de bicicleta eram feitos de borracha sólida e isso os tornava pesados, rígidos e resultavam em uma viagem dura e irregular. Quando pneus pneumáticos (aqueles cheios de ar) foram desenvolvidos, eles resolveram muitos desses problemas e só nos deram um novo: pneus vazios.

Entender que seus pneus desempenham um papel importante na suspensão da sua bicicleta ajudará você a ajustar a pressão certa para suas necessidades. Muita pressão de ar e seus pneus não serão capazes de se deformar, resultando em um rodar, áspero, duro, com tração reduzida, já que as rodas vão perder o contato com o solo sobre as irregularidades, em vez de se deformar para manter o contato com a rua. É como usar uma mola muito forte para o trabalho – se não for possível se deformar para absorver as irregularidades do terreno, se aproximará de um elemento sólido.

Muito pouco ar e o pneu irá se deformar até a que a banda de rodagem entre em contato com o aro (já que não há pressão suficiente para mantê-los afastados) e isso pode resultar em furos e algumas experiências realmente desconfortáveis. É como usar uma mola que é “muito macia” para o trabalho – ela é comprimida com muita facilidade e não oferece resistência suficiente para ser eficaz.

E quanto à resistência ao rolamento?

Resistência ao rolamento é como o bicho-papão do desempenho da bicicleta, constantemente ameaçando roubar segundos valiosos (e, ainda mais valioso, esforço) de seus treinos ou passeios. Então o que é? Em resumo, quando seus pneus se deformam e retornam como discutido acima, isso consome energia, o que significa que parte da energia que é produto do esforço do ciclista é absorvida por este ciclo constante de deformação dos pneus e deixa de ser utilizada para o movimento do conjunto.

Acreditava-se por muito tempo que a melhor maneira de superar a resistência ao rolamento era a utilização de pneus mais estreitos (área de contato menor) e pressões mais altas – mas isso está começando a mudar. Novos dados demonstram que a resistência ao rolamento na verdade começa a aumentar quando as pressões aumentam muito (a falta de contato com o solo, reduz a tração e desperdiça energia à sua própria maneira) e que pneus mais largos não são necessariamente ruins. A chave é encontrar a pressão certa para a sua necessidade, e não apenas enche-los até o máximo.

Então, qual é a pressão correta?

Sabemos que não queremos que os pneus sejam muito duros (rodar áspero, tração ruim ) ou muito macios (com risco de furos e maior resistência ao rolamento). Então, onde fica a zona ideal?

Bem, ela não está impressa na parede lateral. Se você olhar para o lado de fora dos seus pneus, verá uma série de pressões recomendadas (por exemplo, “Inflar a 55-80 PSI”) e muitos ciclistas irão apenas enche-los até atingir o limite máximo. Você não é a maioria dos ciclistas, certo? Pela mesma razão que você não enche os pneus do seu carro até a pressão máxima permitida, é provável que seja um exagero na sua bike também. O que você deve buscar como referência é 15% de “tire drop”  em cada roda.

O tire drop é a medida de quanto o pneu se comprime sob carga. Ela é determinada pela comparação da altura do curso entre uma roda com carga e uma roda sem carga e a subsequente compressão do pneu. Na verdade, medir seu próprio tire drop pode ser um pouco difícil. Mas, felizmente, temos este prático gráfico!

 

Nota: Essas são as pressões recomendadas pelo peso em cada roda, não em ambas as rodas juntas. Como a maioria das bicicletas carrega mais peso na traseira (devido à posição do piloto, à geometria, etc.), é provável que você precise de mais pressão no pneu traseiro para compensar o aumento de peso.

Se você estiver interessado em determinar a carga em cada roda, equilibre sua bicicleta com uma roda em uma balança, a outra em um bloco e peça à um amigo que o segure equilibrado. Em seguida, vire a bicicleta, pese a outra roda e você poderá ver exatamente a carga pela qual cada uma é responsável. Um bom palpite geral é que uma Bike Fixa terá uma divisão de peso  40% / 60% na frente e atrás, já em uma bike urbana, essa relação estará mais próxima de 35% / 65%. Uma vez que você sabe o que você e a bicicleta pesam juntos, e como o peso é distribuído, consulte o gráfico acima e calibre os seus pneus.

Para mim, um ciclista de 68 kg em uma bicicleta de 11 kg, o peso seria distribuído da seguinte maneira: cerca de 31kg na roda dianteira e 47kg na roda traseira. Mantenho meus pneus 28c com 85 PSI na traseira e 65 PSI na dianteira. É um pouco acima das pressões recomendadas, mas é o que eu descobri ser a melhor configuração para ruas de São Paulo. Quando uso a bike para transporte, com mochila, compras, etc, eu aumento a pressão para compensar o aumento da carga. Da mesma forma, reduzo a pressão um pouco em superfícies molhadas ou escorregadias para aumentar a tração (mais deformação do pneu = mais borracha na estrada = mais aderência).

No final, tudo realmente se resume a você!

O gráfico acima é um ótimo lugar para começar (muito melhor do que a parede lateral do pneu), mas apenas a sua experiência pessoal será capaz de dizer o que funciona melhor pra você. Tente fazer algumas mudanças! Se você utiliza pressões muito altas, provavelmente poderia gostar do riding mais confortável de um pneu com menos pressão. Da mesma forma, se você usa pressões muito baixas, um pouco mais de ar fará com que você se sinta como se estivesse voando sobre o asfalto liso, em vez de correr pela areia.

Experimente, descubra o que funciona para você e anote. E nos conte quais pressões você usa nos comentários!

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